10 maio, 2011

Childhood Memories




Em noite de Festival da Canção, relembro o que era um "festival da canção" nos anos 80... Há muitos anos que este acontecimento não tinha a visibilidade que está a ter hoje, ainda assim, tenho que dizer que não é a mesma coisa.

Eu sou do tempo em que o festival da canção ainda era um grande acontecimento. Não politico ou de movimento, como ouvi hoje chamarem, mas sim um acontecimento social e, mais do que isso, familiar. Em minha casa, todos nos sentavamos a ver o festival e trociamos por Portugal, verdadeiramente.

Lembro-me que, semanas antes, as músicas a concurso passavam na televisão, à noite, penso que antes ou depois do telejornal, não consigo precisar. E, depois, na grande noite, as actuações eram apreciadas e comentadas, em tom sério. Lembro-me também que Portugal nunca ganhava e ficava, quase sempre, nos últimos lugares, mas até isso já fazia parte e era, de alguma forma, bem aceite. Afinal, era mesmo o convivio que mais interessava.

Sou tempo da Dora com o seu "Não sejas mau para mim", da Anabela com "A cidade até ser dia", dos DaVinci com "O conquistar", da Nucha com "Sempre há sempre alguém", da Dulce Pontes com "Lusitânia Paixão" (das melhores votações que já tivemos, até onde me lembro), da Sara Tavares com "Chamar a música". Mas, apesar de ter cantado todas estas músicas até à exaustão e, de bom grado, saber a letra de praticamente todas elas de côr, nenhuma me tocou com a Dina e a sua salada de frutas com "O amor de água fresca".

Adorava este clip, que, durante semanas, deu todos os dias à noite, até à noite do esperado festival. Gravei-o até. Tenho pena que a qualidade deste vídeo não seja a melhor, pois gostava realmente de o rever. Se a memória não me falha, o actor que entra é o Ricardo Carriço, ainda desconhecido aqui.

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